ATB - Aliança Transformers Brasil

Os Dias Mais Felizes de Megatron

Autora: RITA MARIA FELIX DA SILVA


Dedicatória: Dedico este conto ao amigo que encontrei em uma das salas do Mirc, que usava o “nickname” de “Megatron” e que me proporcionou um dos melhores diálogos dos quais já participei na Internet. Foi a partir de uma de suas frases (“Por que você não escreve uma história em que Megatron derrota o Optimus Prime?”) que esta história se inspirou e desenvolveu-se.


Parte 3: "O Flagelo dos Humanos e dos Autobots"

“Megatron despertou na base Decepticon. Dias haviam se passado, enquanto seus comandados tentavam reparar seu corpo. Os outros Decepticons olhavam para ele com uma mistura aberrante de orgulho, inveja, respeito e medo. Megatron não deu atenção a eles. Estava feliz e era uma felicidade tão grande que lhe parecia que-rer explodir seu corpo. Então, ele se perguntou o que faria com esse sentimento e lembrou de Optimus, que, quando vivo, liderara os Autobots e que tanto estimara e protegera os humanos... Depois pensou no mundo dos homens, tão frágil diante dele, e nos tolos Autobots, chorando sobre o cadáver de seu mestre caído... E decidiu seu próximo passo...

Os meses seguintes assistiram à mais terrível investida dos Decepticons contra os Autobots exila-dos na Terra, os quais, privados da liderança de Optimus Prime, e diante da nova ferocidade de Megatron, começaram a recuar... E a tombar...

Um ano após a derrocada do líder Optimus, Megatron exibiu para os humanos a cabeça do último dos exilados Autobots. Nas telas de TV por todo o mundo, ele riu e fez uma promessa...

Nos dias que se seguiram, todas as forças humanas lutaram desesperadamente contra o poderio Decepticon. Era a Guerra de Extinção da Humanidade, decretada por Megatron, e os humanos estavam perdendo...

Porém, este novo confronto estava demorando demais, e os olhos do líder Decepticon ansiavam por Cybertron, por isso ele ordenou que seus subalternos fabricassem uma nova arma... E, num dia do mês terrestre de março, uma bomba com nanotecnologia cybertrônica foi detonada na atmosfera da Terra... A praga espalhou-se pelo ar e, logo, milhares e depois milhões de humanos começaram a perecer...

No período que os terrestres chamavam de abril, em todo o mundo, não havia mais do que dois mil humanos ainda vivos. Megatron ordenou que os Decepticons caçassem esses sobreviventes um a um e se divertiu assistindo-os morrerem...

Todavia, Megatron resgatou cem humanos e usou-os na execução de uma idéia: utilizando tecnologia cybertrônica implantou em seus corpos partes mecânicas, produzindo o que, em outras épocas, fora chamado de ciborgues.

Trinta humanos não sobreviveram à traumática cirurgia, aos demais, Megatron ofereceu uma escolha: ‘curvem-se a mim ou pereceram como o resto de sua espécie’.

A esses ciborgues, ele ordenou que lutassem entre si, para que, no final, apenas os mais fortes pudessem servi-lo. E eles lutaram e apenas trinta humanos modificados continuaram vivos após o combate (dez destes estavam terrivelmente feridos ou mutilados e impróprios demais para a guerra... Megatron mandou que os outros os executassem).

Treinados pelo próprio Megatron, os ciborgues humanos restantes mostraram-se guerreiros ainda melhores do que se poderia supor. Por vezes, o líder dos Decepticons olhava para eles e, em sua mente, duelavam o orgulho incontido e uma disfarçada preocupação, até que ele optou por que lado escutar: tencionando evitar problemas futuros, ordenou que os Decepticons lhes extraíssem os cérebros, os quais ele substituiu por microchips, que respondiam aos comandos dos computadores internos do corpo do próprio Megatron. Embora isto tenha reduzido, consideravelmente, a capacidade de combate dos ciborgues, eles ainda viriam a ser muito úteis mais tarde... E então Megatron disse: ‘Cybertron’, e os preparativos para a volta para casa começaram...”


(continua)
[ capítulo 4 ]